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Síndrome da Salvadora

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Eu era assim!

Você já ouviu falar na Síndrome da Salvadora?

Como sei disso? Eu era assim!

Quando descobri esse conceito, precisei entender melhor como, na maioria das vezes, eu tinha uma forte tendência a desempenhar esse papel em minhas relações.

A pessoa com a Síndrome da Salvadora coloca toda a sua energia, foca toda sua energia em ajudar os outros.

Está sempre disposta a dar conselhos e fazer coisas por eles.

O interessante é que isso para mim não parecia um “problema” à primeira vista, mas quando me dei conta, vi o problemão.

  • Me vi ultrapassando meus próprios limites para ajudar a todos.
  • Sempre ajudava mais do que a outra pessoa pedia e mesmo quando não pedia.
  • Criava sempre uma expectativa pela minha ajuda, mesmo que essa expectativa fosse inconsciente.
  • Deixei de cuidar de minhas próprias necessidades

O Triângulo de Karpman, também chamado de Triângulo do Drama, explica como essa dinâmica funciona em nossas relações quando assumimos os papéis de vítima, agressor ou salvador.

Cada vez que assumimos o papel de salvador em uma relação, inconscientemente, fazemos com que a outra pessoa se torne a vítima. Isso pode levar a uma relação codependente, prejudicando ambas as partes.

A pessoa no papel de vítima pode sentir-se incapaz de lidar com sua própria vida e problemas, muitas vezes anulando a si mesma.

O salvador se sente responsável pelo outro, mesmo que isso o prejudique, alimentando seu ego e, às vezes, sentindo-se no direito de controlar a outra pessoa, o que acaba tirando sua força e essência.

O agressor, por sua vez, precisa de uma vítima para despejar sua raiva e se sentir superior.

Essa dinâmica também ativa o papel de salvador, que tenta proteger a vítima.

Muitas vezes, ao longo da vida, assumimos esses papéis sem perceber. É importante notar que todos transitamos entre esses papéis, mas geralmente temos um preferido.

Quem prefere o papel de salvador pode ter aprendido essa atitude desde a infância, quando se envolveu nas relações dos pais para evitar o sofrimento deles. Esse comportamento se torna uma maneira padrão de agir nas relações adultas.

Outra possibilidade é que, na infância, aprendeu que precisava cuidar dos outros para se sentir amado ou evitar o abandono, adotando o comportamento “salvador” para evitar a rejeição.

Podemos perceber a Síndrome da Salvadora em diferentes tipos de relacionamentos:

  • Relacionamentos afetivos, quando alguém está sempre tentando desenvolver o potencial do parceiro ou assumindo muitas responsabilidades na família.
  • No ambiente de trabalho, quando alguém age como uma “mãezona”, protegendo e fazendo tudo pelos colegas.
  • Na escolha da carreira, quando alguém opta por uma profissão de ajuda sem compreender seus limites.
  • Em amizades, quando alguém tem amigos que sempre precisam de ajuda.
  • Na família, quando alguém sempre ouve desabafos, reclamações e problemas dos parentes, mesmo que seus conselhos não resolvam nada.

Se você se identificou ou conhece alguém assim, pode estar se perguntando como sair dessa dinâmica. Aqui estão algumas dicas:

  • Ao perceber que está assumindo o papel de salvador, afaste-se e observe a situação. Não ative a dinâmica vítima-salvador, apenas ouça e concorde quando alguém precisa desabafar.
  • Reflita sobre como foi educado e as mensagens que recebeu sobre o cuidado. Entenda que cuidar não é o problema, mas sim os excessos que discutimos neste texto.
  • Ofereça ajuda apenas quando for solicitado, sem esperar nada em troca. Trate os outros como adultos e respeite seus limites.
  • Cuide de suas próprias necessidades e coloque-se em primeiro lugar. Cultive o amor próprio.

Você se identificou?

Compartilha aqui comigo nos comentários se você vive ou já viveu essa dinâmica e quem seria você no triângulo dramático.

Beijo no seu ❤️

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