Foi exercendo a função talvez mais desafiadora de uma líder.
Eu não queria ser líder, fui colocada na liderança.
E meu primeiro pensamento foi:
E agora? O que eu faço!
Durante 14 anos trabalhei em uma ONG – chamada Amor e Caridade, na cidade de Valinhos SP.
Lá eu ocupei a função de Coordenadora da parte assistencial por 14 anos, e um tempo depois também assumi a presidência dessa ONG por 2 anos.
Consegue imaginar o tamanho do desafio para alguém que não queria ser líder?
Não bastasse eu ter uma equipe, agora tinha toda uma instituição sob minha liderança.
E sim, essa época foi muito desafiadora porque, eu acumulava as duas funções, coordenadora e presidente ao mesmo tempo.
Foi Surreal!
Mas foi lá que aprendi a liderança mais difícil que é, conseguir que as pessoas façam, o que precisa ser feito, sem ter o poder hierárquico.
Ou seja, eu precisava que as pessoas seguissem comigo, se engajem, acreditassem no propósito, comprassem a causa, mas sem ter o poder formal sobre.
Aprendi que ter uma liderança que engaja, que conecta é pensar uma coisa muito simples: A minha liderança tem uma missão – Ajudar as pessoas.
Aprendi a ler minha equipe antes mesmo que eles se lessem.
Quando uma líder aprimora sua capacidade de olhar além do óbvio, de ler o outro antes mesmo que ele se leia, essa líder consegue coisas incríveis.
E você deve estar se perguntando: Gla e como fazer isso, como trazer esse senso de pertencimento para as pessoas?
Participando!
Entendendo que você como líder não resolve mais problemas sozinha, você líder resolve problemas agora com as pessoas, sua equipe. Você não traça estratégias sozinha, você cria estratégias com as pessoas, você participa, você conversa, você ouve, você delega, as pessoas estão do seu lado, nem atrás, nem na frente, elas andam ao seu lado, isso é liderança.
Quando você chega para sua equipe e coloca as cartas na mesa, revelando vulnerabilidade, transparência e sinceridade ao dizer: “Gente, temos essa ação aqui, nos pediram isso, e eu não sei o que fazer. Me ajudem.” — é um ato poderoso de confiança e de uma autêntica.
Nesse momento você não apenas demonstra que confia na capacidade e conhecimento do seu time, mas também reconhece que todos são peças fundamentais para o sucesso daquela equipe, daquela instituição e daquela empresa. Ao se colocar na mesma mesa que eles, o time compra a tua causa, você quebra as barreiras e cria uma conexão genuína.
Em meio à tempestade da vida e das responsabilidades que recaem sobre os ombros de uma líder, é essencial reconhecer que somos seres humanos imperfeitos.
Ao reconhecer nossas limitações, nos abrimos para o crescimento, buscando constantemente melhorar e superar nossos pontos de melhoria.
No processo de crescimento e desenvolvimento, a autenticidade desempenha um papel fundamental. Ser autêntica é ter coragem de ser quem você é. Coragem para admitir os erros e mostrar vulnerabilidade.
Uma líder que reconhece suas próprias limitações é capaz de inspirar e guiar com sabedoria. Abraça a jornada do autodesenvolvimento, busca constantemente se superar, se adaptar e evoluir, abrindo espaço para o crescimento de todos e criando um ambiente propício ao crescimento coletivo.
Construímos um caminho de liderança autêntica e transformadora, sempre que nos colocamos a disposição para aprender, se adaptar e se tornar a melhor versão para nós mesmos.
Beijo no seu ❤️
