A Metáfora das Folhas

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Outro dia estava escutando um podcast da Mel Robbins, e ela falava justamente do quanto o outono é fantástico na Europa, e principalmente nos Estados Unidos, e como as pessoas ficavam maravilhadas com as folhas caindo, e suas cores.

Mas você já parou para pensar o que realmente está acontecendo?

As árvores, para se prepararem, se protegerem para o inverno, que é uma fase onde elas não conseguem esse fornecimento de energia solar como conseguem em outras estações do ano, deixam suas folhas irem, uma vez que param de produzir clorofila.

Sabe o porquê? Se as árvores ficarem agarradas às folhas, elas morrem, porque é hora delas cuidarem delas! É hora delas dizerem: “essa água que tenho em mim, só vai dar para mim”.

Então, elas dispensam as folhas, para que elas possam crescer, se manterem fortes com a água, e assim, se autoabastecerem, dando condição para ficarem fortes novamente. Assim, quando a primavera chegar, estarão prontas novamente para suprirem água, elemento que também é essencial no processo de fotossíntese, que gera energia para se sustentarem.

E isso só pode acontecer porque as árvores dispensam as folhas, mas o que elas nos ensinam sobre autoconhecimento?

Quando a gente fica preso às coisas que não nos servem mais, a nossa vida fica estagnada, não flui e nos prejudicamos. E aqui, eu me refiro aos sentimentos de insegurança, incapacidade, angústias, ansiedade, necessidade de aprovação e validação das pessoas; medos de rejeição, de abandono, do julgamento das pessoas, do que vão pensar ou falar da gente: “Isso é loucura, você deve desistir, isso não vai dar certo, você não é capaz!”.

Sim, as folhas das árvores são lindas no outono, as cores são lindas, mas na verdade elas estão sendo deixadas pelas árvores, porque não estão servindo mais a nenhum propósito para essas árvores.

Faz algum sentido para você?

Quando ficamos agarrados aos nossos medos, nossas inseguranças, a gente não se sustenta, porque tudo na nossa vida tem que ser recíproco, então se eu tenho pessoas ou sentimentos comigo, ao meu redor, essa relação precisa ir e vir, ser recíproca. Ou seja, eu estou aqui como a árvore, tenho essas relações, com amigos, familiares, mas se eu não tenho nada em troca, estou colocando a minha sobrevivência em risco.

O mesmo acontece com as folhas, a árvore está se nutrindo, as folhas fazem o processo da fotossíntese – transformando energia solar em alimento – só que sem água, a árvore não sobrevive, então ela tem que ter água suficiente para ela e, nesse momento, “toma a decisão” de soltar as folhas, para depois se renovar.

A gente precisa soltar esses sentimentos que deixam a gente numa situação onde estamos perdendo energia, e que não estão nutrindo a nossa vida.

Reflita um pouco; nessa relação, onde você está agora? Vivendo naquele sentimento de ter que impressionar, ser notada, no sentimento onde vão te julgar, onde seu trabalho ou até mesmo você precise de validação, de aprovação por outras pessoas? Essa relação, está te dando algo em troca?

Ou isso está te prendendo, te barrando, e você precisa se suprir?

As árvores estão largando as folhas porque, nesse momento, ou a árvore cuida dela ou ela morre, simples assim. A árvore não tem como suprir as folhas para ficarem verdes o ano todo.

A gente fica preso, segurando sentimentos que não são recíprocos, e tudo que não é recíproco, eu aprendi que tem que ir. Esse sentimento de julgamento, insegurança, medos não servem mais.

O problema não é o que está fora da gente, mas o que está dentro… O que está impedindo a gente de soltar o que precisa ir, e de reconhecer quem a gente é? Que tipo de árvore é você?

Tudo é um processo!

As folhas são lindas, maravilhosas, mas as árvores precisam tomar uma decisão, e todo ano as árvores tomam uma decisão por elas. As folhas não estão mais servindo a um propósito. Tudo tem que fluir em duas vias, para mudar você precisa fazer um movimento.

E a árvore faz esse movimento “dizendo”: – Perdão, a partir de agora para eu sobreviver ao inverno, eu só tenho água para mim. Você, folha, nesse momento, não pode me ajudar. Eu estou dando e você não pode me dar de volta. Gratidão por tudo, mas vou cuidar de mim. Deixo você ir.

E assim, as árvores “tomam a consciência da natureza” e se desnudam de suas folhas, poupando água e energia, para se manterem vivas. Essa é uma metáfora muito potente, que gosto de utilizar nos meus processos de mentoria comportamental, e como também sou facilitadora de desenvolvimento, eu acredito que cada PESSOA pode – com uma atitude positiva – tomar a consciência dos seus gatilhos, das suas emoções e
sentimentos, e conseguir chegar aonde quiser.

Você vai ter que fazer uma escolha. Nesse momento, escolha VOCÊ! Você é uma pessoa única, não existe ninguém no mundo, e em lugar algum,
como você! Você é uma obra de arte!

Então, se pergunte: “- O que eu ainda não deixei ir que, se eu deixar, vou conseguir ter forças para criar a minha nova realidade?”

Beijo no seu ❤️

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